Os músicos, por vezes, levam uma vida intensa e controversa, e às vezes isso resulta em mortes curiosas. Algumas são chocantes, estranhas e outras são confusas. De qualquer maneira, sua fama tende a tornar a morte memorável. Foram excelentes músicos e merecem ter nosso respeito para com eles.
Veja algumas:
Randy Rhoads - Batida de Avião
Randy foi um dos guitarristas de Ozzy Osbourne e morreu prematuramente em 1982. Na rota para Orlando, Flórida, o ônibus da turnê parou na casa do motorista do ônibus, Andrew Aycock. A propriedade consistia de três casas, um hangar para avião e uma pista de pouso. No dia seguinte, o motorista, que também era piloto, chamou Randy Rhoads e Rachel Youngblood, maquiadora da equipe, para dar uma volta de avião. Voando baixo para dar um susto nos demais membros que estavam no ônibus, o avião acabou acertando a traseira do ônibus e num pinheiro, destruindo-se completamente. Ozzy Osbourne e os demais músicos chegaram a tentar socorrer as três vítimas, sem sucesso.
Johnny Ace - Disparo de Arma
Ace era um cantor de rhythm and blues de Memphis, cuja popularidade atingiu o auge na década de 1950. Johnny Ace acertou acidentalmente um tiro na própria cabeça com uma pistola calibre .22, em 1954, nos bastidores de um show. Durante vários anos, acreditou-se que ele tinha morrido ao brincar de “roleta russa”, entretanto, os membros da banda de Ace contaram outra versão. Ele havia bebido durante toda a noite e chegou a ser advertido, mas teria dito: “Tudo bem! A arma não está carregada, viu?” Antes de apontá-la para sua própria cabeça. Quando ele sorriu, a arma disparou e ele acabou morrendo imediatamente.
Cliff Burton - Acidente de ônibus
Cliff Burton foi baixista original da banda Metallica. Sua influência precoce foi fundamental na formação da banda. Sua morte é cercada de especulações e controvérsias. Na turnê Master of Puppets, a banda não gostou de suas camas para domir em seu ônibus de turnê. Burton e o guitarrista Kirk Hammet tiraram a sorte para decidir quem dormiria na parte de cima do beliche, a mais confortável. Cliff dormia quando, de acordo com o motorista da turnê, o ônibus derrapou no gelo acumulado na pista e capotou. Cliff foi arremessado para fora do ônibus, que ao capotar caiu sobre ele. Curiosamente, a polícia local não encontrou gelo e aparentemente a estrada estava seca. Um detetive sugeriu que o condutor possa ter adormecido, mas ele afirmava que estava bem descansado. Assim, as circunstâncias exatas da morte de Burton provavelmente nunca serão conhecidas.
Cass Elliot - Degeneração Gordurosa
Talvez mais conhecida como Mama Cass do The Mamas & The Papas, grupo vocal na década de 1960, Cass Elliot também morreu de forma curiosa. Em 1974, o grupo se apresentou duas semanas seguidas em Londres, recebendo aplausos de pé a cada noite. Após o concerto final, ela se retirou para se quarto de hotel, onde morreu. A verdadeira causa da morte foi “degeneração gordurosa do miocárdio devido à obesidade”, mas imediatamente os boatos contaram algo mais estranho. Ao descobrir o corpo, a polícia observou que havia um sanduíche de presunto parcialmente comido ao lado da sua cama. Eles especularam que talvez ela tivesse sido sufocada até a morte, embora o relatório do legista viria a provar que nenhum alimento foi encontrado na sua traquéia.
Jeff Buckley e Brian Jones - Afogamento
Jeff era filho do músico Tim Buckley e uma estrela em ascensão conhecido por sua entrega apaixonada ao vocal lírico. Jeff Buckley é um dos poucos músicos cuja morte é notável, não só pela sua natureza incomum, mas também porque dizem que ele teria previsto sua própria morte em uma de suas canções. Em 1997, Jeff resolveu dar um mergulho no rio Wolf Harbor, em Memphis. Segundo relato do seu amigo Keith Foti, Jeff desapareceu enquanto ele foi até o carro para guardar alguns objetos. Ele comentou que escutava Jeff cantando “Whole Lotta Love” enquanto nadava. O corpo do músico só foi encontrado algumas semanas depois, perto da nascente do Mississippi.
Brian Jones
Em 3 de julho de 1969, Brian Jones morreu por suposto assassinato na piscina de sua casa, que estava em reforma, por um empreiteiro, Frank Thorogood, a menos de um mês após sua saída dos Rolling Stones. Foi durante uma comemoração dos operários em torno da piscina. O jornalista e escritor Christopher Andersen conta em seu livro “Mick Jagger- Biografia Não Autorizada” (Editora Habra), que Brian chegou no meio da festa fazendo provocações. Jogaram-no na piscina sem saber que ele tinha pavor de água e ainda o tal empreiteiro ficou dando caldos em Brian. Com sua asma crônica, mais o pavor gerado pela situação, afogou-se. E ninguém fez nada.
Michael Hutchence - Asfixia
A causa da morte de Michael Hutchence, o homem a frente da banda INXS, tornou-se uma estranha lenda. Segundo relatório oficial, ele suicidou-se por asfixia. Hutchence foi encontrado morto em seu quarto de hotel, em Sydney. Ele tinha um cinto amarrado no topo da dobradiça da porta, fazendo uma espécie de corda improvisada. Cocaína, álcool, Prozac e outros medicamentos prescritos foram encontrados em sua corrente sanguínea. Após sua morte, Paula Yates, sua ex, alegou que Hutchence poderia ter se enforcado acidentalmente. Hutchence teria uma tara por sentir falta de ar durante o sexo. No dia da sua morte, ele teria tentado masturbar-se enquanto sufocava-se, mas a coisa não deu muito certo.
Steve Marriott - Incêndio
Steve Marriot, vocalista do Small Faces e do Humble Pie, morreu aos 44 anos em um incêndio em sua casa. A perícia feita no local declarou que o incêndio foi acidental. Ele havia acabado de voltar de uma viagem à Los Angeles e tomou calmantes porque tinha medo de voar. Ao chegar na Inglaterra, ainda foi até uma festa promovida por amigos, onde bebeu bastante e, quando voltou para casa, foi fumar deitado na cama e apagou. O cigarro teria causado o incêndio e, consequentemente, sua morte. Em seu enterro, a música "All or Nothing" foi tocada como réquiem.
Dimebag Darrell - Assassinato
Em 8 de dezembro de 2004, Nathan Gale iniciou um tumulto durante um show da banda Damageplan no clube Alrosa Villa, na cidade de Columbus, Ohio, e atirou em Darrell, matando-o. Após isso, ele virou-se e começou a atirar em todos os que haviam subido no palco para impedi-lo, matando também o fã Nathan Bray, que estava na platéia, o funcionário do clube Erin Halk e o chefe da segurança Jeff "Mayhem" Thompson, que trabalhavam no local. Foram baleados ainda um dos empresários da banda, Chris Paluska, e o técnico de bateria John “Kat” Brooks, que sobreviveram. 15 pessoas foram atingidas, no total. O oficial de polícia James D. Niggemeyer respondeu rapidamente com tiros, matando Nathan Gale antes que ele fugisse ou matasse mais pessoas.
Os motivos que levaram Nathan Gale a cometer o crime, nunca puderam ser completamente compreendidos, embora alguns relatem que, antes de atirar, ele gritou algo sobre a dissolução da banda Pantera, da qual o guitarrista Dimebag Darrell fazia parte. Aqueles que o conheciam afirmam que ele era um grande fã do Pantera e que ele sofria de problemas mentais, tendo inclusive sido medicado durante sua passagem pelo Exército americano, no qual serviu de fevereiro de 2002 a novembro de 2003, na Carolina do Norte, no cargo de mecânico. Especula-se que sua passagem pelo exército tenha sido problemática, pois as circunstâncias de sua saída não foram bem esclarecidas. Alguns manuscritos de Nathan revelaram que ele pode ter sofrido de esquizofrenia. Amigos seus dizem que ele chegou a ter um cachorro imaginário, o que confirmaria a tese.
Jimmy Hendrix, John Bonham e Bon Scott - Asfixia por vômito
Jimmy Hendrix: Jimi Hendrix morreu em Londres nas primeiras horas de 18 de Setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram completamente explicadas. Havia passado parte da noite anterior numa festa, onde a namorada Monika Dannemann o havia buscado, e ambos seguiram para o Hotel Samarkand, no número 22 da Lansdowne Crescent, em Notting Hill. Estimativas indicam que ele teria morrido pouco tempo depois.
Dannemann alegou em seu depoimento original que Hendrix teria tomado (sem que ela soubesse), na noite anterior, nove comprimidos de um remédio para dormir que ela utilizava. De acordo com o médico que o atendeu inicialmente, Hendrix tinha se asfixiado (literalmente afogado) em seu próprio vômito, composto principalmente de vinho tinto. Por anos Dannemann alegou publicamente que Hendrix ainda estava vivo quando o colocaram na ambulância, seus comentários sobre aquela manhã, no entanto, foram frequentemente contraditórios, e variaram de entrevista para entrevista. Declarações de policiais e paramédicos revelam que não havia ninguém além de Hendrix no apartamento, e que não apenas ele estava morto quando chegaram à cena, mas também estava totalmente vestido, e já estava morto há algum tempo.
John Bonham:
Em 25/09/1980 o John Bonham baterista do Led Zeppelin morreu aos 32 anos de idade. O baterista havia deixado Worcestershire no dia anterior para encontrar com a banda nos Bray Studios, com objetivo de planejar a tour pelos Estados Unidos que iria acontecer. Ele consumiu vodka com suco de laranja durante a viagem. Depois da reunião a banda seguiu para a casa de Page em Windsor, onde Bonham continuou bebendo. Por volta de 1h45 da tarde do dia 25 de setembro o técnico de som Benji Le Fevre foi procurar por Bonham e verificou que ele não tinha pulso. Um médico foi chamado e confirmou a morte de Bonham. A autópsia revelou que a causa da morte foi um acidente, Bonham morreu sufocado no próprio vômito após beber o equivalente a 40 doses de vodka.
Bon Scott
Sua morte até hoje não foi bem explicada, após a turnê de divulgaçao do álbum Highway to Hell pela Europa, Bon resolveu passar uns dias em Londres, para rever amigos. A tragédia teve início numa tradicional noite de bebedeira, coisa que Bon estava realmente acostumado. Bon e um amigo seu, chamado Alistar Kinnear, foram tomar alguns drinks no Music Machine, um clube noturno localizado em Camden Town. Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Bon vivia naquela época. No caminho, Bon "apagou" no banco de trás do veículo. Kinnear não deu muita bola e seguiu adiante. Quando chegou na casa do vocalista do AC/DC, Kinnear tentou acordar Bon e levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar seu companheiro, que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da idéia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento. Chegando lá, nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo. O jeito foi deixar Bon "dormindo" no banco de trás do automóvel, um Renault 5. Quando Kinnear voltou na manhã seguinte para ver seu amigo, já era tarde demais. Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel. O sujeito ainda levou o amigo às pressas para o Kings College Hospital, de Londres, que declarou que o músico já chegou sem vida nas dependências do pronto socorro. O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido em decorrência de envenenamento alcoólico agudo. Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria se sufocado com o próprio vômito e que a baixa temperatura da madrugada e suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais tristes do Rock n’ Roll.
Stevie Ray Vaughan - Queda de Helicóptero
O retorno de Vaughan foi tragicamente interrompido quando, na manhã do dia 27 de agosto de 1990, ele morreu em um acidente de helicóptero próximo a East Troy, Wisconsin. SRV seguia para uma apresentação no Alpine Valley Music Theater, onde na tarde anterior se apresentara junto com Robert Cray, Buddy Guy, Eric Clapton e seu irmão mais velho Jimmie Vaughan. Quatro helicópteros estavam a disposição dos músicos, e Stevie encontrou um lugar vazio em um helicóptero com alguns membros da equipe de Clapton, e decidiu embarcar. Em conseqüencia do céu extremamente nublado e da forte névoa, o helicóptero de Stevie virou para o lado errado e foi de encontro com uma pista artificial de ski. Não houve sobreviventes, e o Rock perdera um dos seus maiores expoentes. Stevie Ray Vaughan está enterrado no Laurel Land Memorial Park,em Dallas, no Texas.
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