Um roqueiro iraniano matou três pessoas ontem (segunda-feira -11/11) em Nova York, incluindo dois colegas de uma banda, e feriu um quarto homem antes de cometer suicídio, segundo autoridades.
Os irmãos Soroush e Arash Farazmand, vítimas do ataque, eram guitarrista e baterista, respectivamente, da banda Yellow Dogs, que foi formada em Teerã e fazia apresentações clandestinas antes que seus integrantes pedissem asilo nos Estados Unidos em 2010, segundo a divulgadora da banda, Ashely Ayers.
Segundo a polícia, os corpos foram achados na manhã de ontem em uma casa no poluído bairro semi-industrial de East Williamsburg, na região do Brooklyn, onde há grande concentração de músicos e artistas.
Ali Eskandarian, descrito pela divulgadora como um amigo que também fazia música, foi o terceiro morto no incidente. Todos foram baleados na cabeça ou no peito.
O suspeito, cuja identidade não foi confirmada pela polícia, foi achado morto no terraço do prédio com um tiro na cabeça e um rifle ao lado do corpo, segundo as autoridades.
Segundo Ayers, o autor do crime era um músico iraniano que tocava em outra banda e conhecia os Yellow Dogs em Teerã, mas depois se desentendeu com a banda.
"Os dois grupos eram conhecidos", disse Ayers à Reuters. "Houve um conflito pessoal entre os caras. Sei que havia dinheiro envolvido", disse ela. "Era uma quantia pequena", acrescentou.
Um homem de 22 anos, descrito por Ayers como integrante do coletivo de arte de rua Icy and Sot, composto por expatriados iranianos, foi baleado no braço e hospitalizado em condição estável, segundo a polícia.
Os primeiros relatos da imprensa dando conta de que o atirador havia sido integrante do Yellow Dogs não estavam corretos, segundo Ayers.
De acordo com a divulgadora, a banda foi uma das pioneiras na cena do rock independente iraniano, e suas lutas contra as restrições das autoridades foi retratada em um documentário de 2009, intitulado "Ninguém Sabe dos Gatos Persas".
"Eles são caras muito humildes, meigos e normais, caras realmente legais, e tinham uma perspectiva interessante sobre muitas coisas, dada a sua história", disse Ayers.
O grupo chegou aos EUA em 2010 e logo se entrosou no Brooklyn, onde fazia shows com frequência. "Eles adoravam estar aqui", disse a divulgadora. "Tudo o que eles queriam era tocar."
Em sua página no Facebook, a banda cita entre suas influências Talking Heads, Joy Division e The Rapture.
Fonte: G1
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