terça-feira, 16 de outubro de 2012
Joey Tempest é Entrevistado Pelo G1
Prestes a realizar mais um show no Brasil, o vocalista do Europe, Joey Tempest, falou com exclusividade ao G1.
G1 – Brasileiros tiveram que esperar até 2010 para assistirem ao Europe. Como foi o show em São Paulo?
Joey Tempest – Nos divertimos muito. É uma bela cidade. Demos uma passeada de noite. Lembramos bem daquele show, porque vimos que os fãs estavam esperando por muitos anos e eles tinham uma atitude cheia de energia, pareciam conhecer a maioria das músicas. Foi bem impressionante, cantaram tudo. Por isso queríamos voltar, sabe?
G1 – Como é o show atual?
Tempest – Chegamos a um nível superior. Vamos tocar umas cinco ou seis músicas novas e talvez umas acústicas no meio do show… Não sei. Veremos o que vai dar para ensaiar. Tocaremos, claro, os hits. Posso garantir que será uma apresentação grandiosa.
G1 – ‘Bag of bones’ saiu em abril e foi muito bem recebido pela crítica. Acredita que esse é um dos melhores discos do Europe?
Tempest – Acho que sim, e acho que é mais por conta da atitude da banda neste álbum. Estamos chegando a lugares cada vez mais altos. Depois de todo esse tempo e todas essas turnês, finalmente aprendemos a fazer um disco sincero de rock. É um dos melhores.
G1 – A produção de Kevin Shirley ajudou no resultado?
Tempest – Ele é como parte de uma grande família e nos ajudou a gravar as músicas ao vivo. Também deu um som peculiar à bateria. Dessa vez, não gravamos coisas depois de registrar as primeiras tomadas, mantivemos muito do que foi tocado ao vivo no estúdio. Ele colaborou para encontrarmos um som que fosse ideal. Foi bem divertido. Desde que voltamos do hiato temos aprendido muitas coisas, de gravação, mixagem e masterização. Queríamos que o disco tivesse um som moderno, mas desta vez posso te garantir que todos os membros tinham algo em comum: o amor pelo rock dos anos 70. Nos influenciamos muito com as coisas desta época.
G1 – Vocês conseguiram sucesso internacional com o disco ‘The final countdown’. Durante a gravação, chegaram a pensar que ele seria tão grande?
Tempest – Na verdade, não. Sabíamos que era um álbum especial e que tínhamos grandes canções, mas era algo muito novo ainda para nós, estávamos ficando melhores. Éramos de uma gravadora americana, uma banda trabalhando com um produtor americano. Esse era mesmo um disco especial, com um som muito único. Mas nenhum dos envolvidos imaginava algo do tipo. Fizemos a música-título para ter algo bom para abrir os shows, não sabíamos que o disco se tornaria um clássico.
G1 – O Europe entrou em hiato em 1992. Quando isso aconteceu, havia uma expectativa de que voltariam?
Tempest – Sim, acho que todos nós sabíamos disso, mas não tínhamos ideia de quanto tempo levaria. Apenas fizemos uma pausa após 10 anos de turnê e discos. Ela talvez tenha sido um pouco longa, mas sempre ligamos uns para os outros. Então sim, sabíamos que isso aconteceria algum dia. Os fãs foram muito importantes, eles mantiveram tudo vivo.
G1 – Qual sua opinião sobre as bandas do rock que estão nas paradas hoje? Sente falta do rock dos anos 80 e 90?
Tempest – Tudo está diferente agora, claro, mas ainda há boas bandas, como o Rival Sons, de Los Angeles, que tem a essência do rock obscuro dos anos 70. Gosto bastante deles. Tem também o Graveyard, de Gotemburgo… Há muitas bandas novas carregando a tradição do rock da década de 70. O Muse também faz um trabalho muito interessante. Então há coisas boas acontecendo.
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