segunda-feira, 2 de abril de 2012

50 Anos de Bon Jovi Contados Em Enciclopédia


  
 John Francis Bongiovi Junior é um dos mais recentes cidadãos do meio musical a completar 50 anos de vida. Jon Bon Jovi, como ficou mundialmente conhecido, nasceu em 2 de março de 1962 em New Jersey e construiu uma brilhante carreira, retratada em forma de enciclopédia no livro lançado no início de 2012 pela editora Beast Books. Com certeza o músico ítalo-americano não é o queridinho da crítica musical, mas seus quatro primeiros álbuns são grandes obras do chamado ‘rock melódico’.

 O livro “Enciclopédia Bon Jovi” foi escrito por Neil Daniels, que contribui com artigos e resenhas sobre rock clássico e heavy metal para várias revistas e fanzines. Na introdução o autor divide a carreira de BON JOVI em “quatro grandes fases”: 1984-1988; 1992-1995; 2000-2005; e de 2007 em diante.


 “Um livro sobre Bon Jovi é certamente um livro sobre Jon”, admite Daniels, logo na abertura da obra. Apesar disso, o escritor aborda muito Richie Sambora e os demais componentes da banda. “O objetivo é dar ao leitor uma visão global e factual sobre as pessoas envolvidas com BON JOVI ao longo dos anos, a música feita pela banda, álbuns lançados, turnês e shows que fizeram e outras tantas questões relacionadas”, resume Daniels. Para alguns, o livro será um apanhado de memórias; para outros, explicará algumas partes desconhecidas a respeito da história da banda. Para o autor, “os fãs mais novos do BON JOVI vão poder usá-lo como instrumento de aprendizado”.

 Amplamente ilustrada por fotografias, a obra descreve músicas, álbuns, personagens, locais de shows, enfim, desvenda todo o universo envolvendo JBJ e sua trupe. O foco é principalmente a carreira musical do vocalista, que iniciou de modo mais concreto com a gravação da demo de “Runaway”, em 1982, rendendo o primeiro acordo com gravadora e oportunidade de montar a sua banda. Além da sugestão de Derek Shulman para o líder do grupo ‘Americanizar’ o próprio nome.

 As preferências políticas, as relações amorosas, a ajuda a instituições de caridade, os hobbies e os trabalhos no cinema de Jon são retratados, evidentemente, com mais destaque que os dois demais membros do BON JOVI. Alguns trechos de entrevistas com determinados personagens na carreira da banda são intercalados no livro, de modo a apresentar referenciais a partir de outros pontos de vista.

 “Para mim o BON JOVI tem tido esse enorme e duradouro sucesso por conseguirem atingir o perfeito equilíbrio entre integridade, demandas comerciais, marketing e parcerias musicais. Poucos conseguiram esse tipo de equilíbrio”, analisa o escritor, autor e locutor de rock, Malcolm Dome, citado no livro. Seguindo nessa linha, Daniels lembra que o grupo sobreviveu ao período de eclosão do movimento grunge, que derrubou as bandas classificadas como glam ou hair metal.

 Mas alguns episódios contraditórios na carreira do grupo não deixaram de ser lembrados no livro. Um deles é a disputa de royalties sobre o primeiro disco do SKID ROW, lançado em 1989 pela editora NJUMC (New Jersey Underground Music Company), de propriedade de Jon Bon Jovi e Richie Sambora. Como a dupla ficou detentora de 100% dos direitos comerciais do disco, por se achar no direito de tal, o vocalista Sebastian Bach rompeu relações e brigou judicialmente.

 Outro fato discutível é a acusação de plágio da famosa “I’ll Be There For You”, feita por um músico que se diz autor da canção. Ele afirma ter dado uma fita K7 para Jon com a promessa de que, através de seu tio na Polydor Records, conseguiria uma turnê. Entretanto, o vocalista do BON JOVI teria se apropriado do material. O denunciante inclusive diz que, segundo informações de uma ex-affair que tem em comum com Richie Sambora, os dois líderes da banda costumam se apossar de fitas-demo de terceiros em busca de ‘refrões grudentos’. “Fico pensando quantos caras por aí sentem exatamente a mesma coisa por Johnny Garoto de Ouro e por seu fiel escudeiro Richie Riquinho”, ironiza o músico.

 Enfim, é longa essa trajetória de três décadas do BON JOVI, que inclui ainda o tecladista David Bryan, o baterista Tico Torres e os baixistas Alec John Such e Hugh McDonald. “As letras do BON JOVI não são só letras, são preces. As músicas não são só músicas, são hinos. E a música não é só música, é a minha vida”. Este é um trecho do emocionante depoimento de uma fã alemã, Julia Braun. É um tocante relato que vale a pena ser conferido, de como a música “It’s My Life” salvou a vida da jovem. Quem diria, o rock, sempre acusado de desvirtuar a juventude, salvando vidas.


Vi no Whiplash!

Um comentário: